terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saudades sufocam!


Que dilema doido (e besta) que eu às vezes enfrento como mãe! Meu filho está longe de mim há apenas quatro dias. Está curtindo as férias merecidíssimas com os primos e tia, a 3000 km de mim. E eu já me peguei chorando umas duas vezes aqui em casa. A casa fica vazia e sem graça sem aquele riso, aquela bagunça que ele faz, aquela voz solicitando atenção...

E cá estou eu, filosofando sobre saudade. E como ela sufoca a gente! E filosofando sobre o meu maior dilema: me sinto realmente feliz por ver meu filhote se divertindo, mas também extremamente egoísta por querer que ele fique bem juntinho de mim. Sou louca? Egoísta? Idiotinha mesmo?!

Enfim... Serão mais dois dias longe dele. Enquanto isso, só me resta desejar de verdade que ele curta bastante os dias de brincadeiras junto àqueles que eu também amo (e sinto saudades!) e aguardar aqui, tentando fazer com que essa saudade que continua a me sufocar se distraia um pouquinho de mim.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Risadas são como o Sol


Se tem uma coisa que desperta aquela luz interior em mim é a gargalhada gostosa do meu filho! Me dá uma sensação de felicidade que só pode ser presente de Deus!

Aliás, risada de criança em geral tem essa capacidade de iluminar o mundo mesmo, né não? São tão espontâneas, tão deliciosas, tão contagiantes!... Eu adoro! São como o Sol iluminando e aquecendo tudo ao redor.

Outro dia o meu filho estava vendo nem sei bem o que na televisão e eu nem estava do lado dele. Aí ele soltou aquela gargalhada gostosa! E eu que estava num daqueles dias pra lá de cansativos, sem muito ânimo pra nada, aqueci meu coração com aquela risada. Fui pra pertinho dele, me aconcheguei a ele e fiquei rindo junto com ele. Me valeu o dia!

Na verdade, acho que poder viver momentos assim e se sentir feliz com quem a gente ama não faz valer o dia, nao: faz valer uma vida!

sábado, 13 de novembro de 2010

Histórias da minha vida de Maria

Que eu não levo o menor jeito pra ser dona de casa nem é novidade aqui. Já escrevi 2 posts em que conto que já explodi ovo cozido e que fugi da panela de pressão.

Mas essa semana estou vivendo peripécias que nem tenho como enumerar! A empregada resolveu sumir há uma semana. Na segunda-feira veio, lavou a louça e Puff! Desapareceu! Disse que foi pro médico e "nem se tocou" (palavras dela!) que tinha que me avisar porque tinha abandonado a casa e o trabalho!

E essa sou eu então: me recuperando de uma cirurgia, andando meio torta com os pontos que só tirei ontem, tentando cuidar da casa entre um xingamento e outro que ofereço à empregada que vai ser demitida!

Eu queria ser como aquelas donas de casa dos comerciais da TV, sempre sorridentes, sempre de bom humor por usarem os melhores produtos do mercado! Mas não tem jeito, não! Sou anti-exemplo, me enrolo toda, não levo jeito, minha boa vontade pra fazer os trabalhos domésticos tem curta duração...

Lavei a louça toda e resolvi fazer macarrão. A água começou a espumar! Das duas uma: ou isso é assim mesmo e eu que nunca notei ou nao enxaguei direito aquela panela e fiz meu filho comer macarrão ensaboado! O bichinho estava com fome e comeu sem reclamar. Até repetiu! Será que já serviu como vermífugo?!

Lavei a roupa da galera da casa e estendi no varal. Será que isso fortalece a musculatura dos braços? Alguma vantagem eu tenho que tirar disso, já que nem 20 minutos depois começou a chover! E eu, que ainda não posso correr por causa da cirurgia, tive que ser rápida pra tirar a roupa toda de onde estava e estender tudo de novo no secador... Vou me lembrar de São Pedro quando eu tiver que dar tchauzinho e a pelanquinha do braço continuar a balançar.

Mas nessa minha vida de Maria, hoje tive uma alegria: me inspirei pra fazer umas tais de batatas recheadas com queijo e sardinha. O gás acabou no caminho, mas fui persistente. Gás trocado, tudo pronto. A aparência ficou meio "assim-melhor-não-descrever", mas resolvi encarar. Meu filho separou um copo de coca-cola do lado pra poder se auto-socorrer se precisasse! E das duas, uma: ou estava gostoso de verdade ou, definitivamente, a fome é mesmo o melhor tempero.

Que Nossa Senhora das Panelinhas me ilumine e proteja nessa próxima semana e enquanto eu não encontrar uma empregada nova!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amizades e amores não são incompatíveis


Outro dia estava discutindo com uma amiga sobre essa história que algumas pessoas fazem de deixar os amigos de lado – ou até evitá-los! – quando começam a namorar alguém.

O amor é mesmo lindo, a paixão deixa qualquer um meio cego, as borboletas na barriga são uma delícia, mas acho muito ruim pra todo mundo esse lance de se afastar do resto do mundo por uma pessoa, mesmo que seja um grande amor.

Alguns diriam, em defesa: “É a outra pessoa, ciumenta, que está brecando a que é nossa amiga!” Ah, vamos combinar? Uma pessoa só breca alguém, quando a outra deixa. Somos nós que permitimos ser brecados! É sempre com o nosso consentimento. Se a gente não consentir, não tem freio de mão que segure a gente!

Sinceramente, tenho dó quando isso acontece com amigas ou amigos. Porque, infelizmente - mas é fato! - todas as relações amorosas, um dia, caem na rotina. E aquela paixão toda, aquele fogo todo, aquela cegueira pros defeitos do outro... tudo isso passa um dia. No mínimo, diminuem.

E aí, quando as borboletinhas na barriga resolvem bater as asas mais devagar, essas pessoas tendem a querer resgatar os amigos, que já mudaram. E pegar o bonde dos amigos andando também é complicado. Já perdeu o fio da meada! Fora a possibilidade dos amigos, muitas vezes estressados por terem a percepção de que foram deixados de lado, notarem que aquela talvez não seja uma relação de amizade interessante, saudável. Afinal, quem quer ser deixado de lado a cada apaixonite aguda de um amigo? E aí eles mesmos não se importam em resgatar aquela relação, porque não é AQUELA relação que interessa a eles. E o tal bonde trata de andar mais rápido ainda!

Então a pessoa que se afastou fica perdida, se sentindo a vítima do mundo, leva para um lado pessoal que nem existe. Uma chatice!

E o resgate tem que ser de si mesma, ao perceber que amigos e amores não são incompatíveis. Ao contrário: cada um preenche em nós um espaço especial. Enquanto não percebemos isso, vamos caindo no erro de perder um bonde atrás do outro. Uma pena!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Abraço, abraço, abraço!!!


Se tem uma coisa que eu adoro fazer é abraçar! E ser abraçado de volta. Sou totalmente pele, química, toque, carinho, cafuné... Amo abraçar todo mundo que eu gosto!

Abraço transmite calor humano, acalenta a alma, cura corações tristes, abre sorrisos...

Sou tão intensa em meus relacionamentos com outras pessoas, que o abraço é tão natural como minhas declarações de afeto. O tempo todo eu digo que adoro, que gosto, que amo e a cada encontro tem que haver meu abraço. Um ou vários, dependendo da saudade ou de quantas coisas boas quero comemorar!

Já abraçou alguém que não abraça de volta, que fica sem jeito, com medo, com sei lá o que? É horrível! Dá um sentimento de rejeição, de estranheza, uma sensação tão blergh! Aquela sensação de "que que eu tô fazendo aqui?".

Uso abraço pra dar boas-vindas, pra me despedir, pra declarar amor, pra comemorar... Mas, cá entre nós, precisa mesmo ter motivos pra abraçar?

...

Em tempo: sinto a maior falta de abraçar de verdade os meus amigos virtuais! Vai chegar o dia em que darei um abraço real em cada um deles!