domingo, 29 de dezembro de 2013

Viramos os velhos ranzinzas nas redes sociais

Viramos um bando de reclamões nas redes sociais. Verdadeiros ranzinzas!

Reclamamos dos programas que passam na TV, dos programas que ainda passarão e dos comentários sobre eles.

Reclamamos do mundo do jeito que está, se está frio, se está calor e também reclamamos de quem reclama.

Reclamamos de quem faz piada, de quem não aceita as piadas que achamos aceitáveis e do mau humor que invadiu a humanidade.

Achamos ruim quando acham que os nossos valores estão errados, clamamos pelo respeito às diferenças, mas reclamamos dos valores diferentes dos nossos.

Reclamamos da violência que assola o mundo, mas, assim como quem não quer nada além de defender a (nossa) verdade, achamos aceitáveis as indiretas, as palavras que chegam como flechas endereçadas a quem discorda de nós. 

Postamos frases bonitas de otimismo e de valorização da vida, demonstramos a nossa repulsa à falsidade, mas criticamos nas entrelinhas ou em posts acalorados as pessoas que achamos que escrevem isso da boca pra fora. 

Agimos como o velho ranzinza que tem as suas próprias manias e vontades e liga o botão do "dane-se o resto do mundo", pois acha que já viveu demais e não precisa repensar atitudes porque, provavelmente, a morte está logo ali. Dureza é não perceber que a pior morte talvez não seja aquela que está lá no final da nossa vida, mas essa que nós mesmos estamos impondo aos nossos relacionamentos.


terça-feira, 14 de maio de 2013

E o mundo continua a girar...


A pessoa que você ama se foi pra sempre. Não está mais ao seu lado. Você não a verá mais nessa vida. Dói. A dor é lancinante. A cabeça vai a mil. Você busca as últimas palavras ditas, a última conversa, a última vez que se viram, o último sorriso, o último... 

Um dia ela está ali, a um telefonema de distância. E você, pelo motivo que for e por esquecer que a morte geralmente não manda aviso, às vezes nem liga.  No outro dia, não adianta mais telefonar, visitar, abraçar. Acabou. Fica a dor. Depois e junto com a dor, as lembranças. Mas não mais o abraço, não mais a voz, não mais a risada. Dor.

E esse mundo, como se tentasse lembrar que a vida TEM que continuar, como se ignorasse a sua dor... Ele continua a girar. Só depois que a dor diminuir ou acabar, a gente volta a entender isso. 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Que eu não perca a fé


     Uma afilhada minha, de apenas quinze anos, está muito doente. Meus compadres estão na luta contra um câncer há oito meses e essa doença maldita está vencendo... Se me sinto impotente diante disso e não consigo segurar as minhas lágrimas, imagino a dor cruel de minha comadre!

       - O que eu posso fazer por vocês? - pergunto-lhe, tentando me manter no olho desse furacão, disfarçando esse nó na garganta, segurando as minhas lágrimas...

        - Apenas rezar! - ela me diz. A voz quase sem esperança. A sensação de impotência no ar.

        Desligo o telefone e choro. Muito. Peço a amigos pra rezarem por ela também. Mas confesso: como é ruim poder fazer apenas isso! Ainda mais quando todos os médicos dizem que não tem mais jeito, como se avisassem pra gente se preparar para não tê-la mais perto de nós...

          Que eu não perca a minha fé. Nem a minha esperança. Nem a crença de que tudo isso precisa fazer algum sentido e tem que ter algum propósito que, talvez, eu não compreenda tão cedo. Que eu não caia no erro de amaldiçoar a vida em função desse sofrimento todo! E que a dor não me impeça de agradecer os sorrisos, as vitórias, os momentos deliciosos que nos foram dados como presentes!

        E que eu possa manter a serenidade, apesar de toda essa dor que estou sentindo! Preciso dela para ajudar as pessoas que amo e para conseguir rezar... Mesmo com a minha fé querendo fugir de mim.


domingo, 17 de março de 2013

Ei, você!


Tirem as crianças do meu blog no post de hoje, que vou mandar um recadinho nada educado para algumas pessoas que emporcalham as redes sociais!

Ei, você que vai pras redes sociais pra tomar conta da vida alheia e deduzir idiotices e bizarrices a respeito delas! VOCÊ É UM BABACA!!!

No mínimo, a sua vidinha é um tédio, uma titica, uma "coisa" sem boas emoções! Aí você vai até as redes sociais pra vomitar o reflexo da sua alma podre! Aqui vai um conselho de graça: vai se tratar! Vai se cuidar! Quando você estiver ocupado, cuidando da sua doença, não sobrará tempo pra cuidar da vida dos outros.

Você se sente feliz tentando denegrir a vida das outras pessoas, imaginando o quanto a vida delas pode se aproximar da imbecilidade que a sua se transformou? Sabe de quem é a culpa disso? Adivinha! SUA! 

Se você é tão criativo pra criar e divulgar intrigas e relações que não existem, escreve uma novela e manda pra uma rede de televisão. O que?! Você não tem competência pra isso? Vai ocupar o seu tempo estudando, correndo atrás do que pode realmente fazer de você um ser humano digno e - quem sabe! - uma pessoa feliz! 

Não tenho mais paciência para pessoas como você! Não levo na brincadeira nem quando fazem isso comigo nem quando fazem isso com ninguém! Isso é falta de respeito, falta de decência, falta de caráter! Por isso não respeito você. Por isso dou unfollow em twitter e desfaço amizade em facebook. Quero distância e sou mesmo radical. Me relacionar com pessoas assim não me acrescenta absolutamente nada!