sábado, 13 de novembro de 2010

Histórias da minha vida de Maria

Que eu não levo o menor jeito pra ser dona de casa nem é novidade aqui. Já escrevi 2 posts em que conto que já explodi ovo cozido e que fugi da panela de pressão.

Mas essa semana estou vivendo peripécias que nem tenho como enumerar! A empregada resolveu sumir há uma semana. Na segunda-feira veio, lavou a louça e Puff! Desapareceu! Disse que foi pro médico e "nem se tocou" (palavras dela!) que tinha que me avisar porque tinha abandonado a casa e o trabalho!

E essa sou eu então: me recuperando de uma cirurgia, andando meio torta com os pontos que só tirei ontem, tentando cuidar da casa entre um xingamento e outro que ofereço à empregada que vai ser demitida!

Eu queria ser como aquelas donas de casa dos comerciais da TV, sempre sorridentes, sempre de bom humor por usarem os melhores produtos do mercado! Mas não tem jeito, não! Sou anti-exemplo, me enrolo toda, não levo jeito, minha boa vontade pra fazer os trabalhos domésticos tem curta duração...

Lavei a louça toda e resolvi fazer macarrão. A água começou a espumar! Das duas uma: ou isso é assim mesmo e eu que nunca notei ou nao enxaguei direito aquela panela e fiz meu filho comer macarrão ensaboado! O bichinho estava com fome e comeu sem reclamar. Até repetiu! Será que já serviu como vermífugo?!

Lavei a roupa da galera da casa e estendi no varal. Será que isso fortalece a musculatura dos braços? Alguma vantagem eu tenho que tirar disso, já que nem 20 minutos depois começou a chover! E eu, que ainda não posso correr por causa da cirurgia, tive que ser rápida pra tirar a roupa toda de onde estava e estender tudo de novo no secador... Vou me lembrar de São Pedro quando eu tiver que dar tchauzinho e a pelanquinha do braço continuar a balançar.

Mas nessa minha vida de Maria, hoje tive uma alegria: me inspirei pra fazer umas tais de batatas recheadas com queijo e sardinha. O gás acabou no caminho, mas fui persistente. Gás trocado, tudo pronto. A aparência ficou meio "assim-melhor-não-descrever", mas resolvi encarar. Meu filho separou um copo de coca-cola do lado pra poder se auto-socorrer se precisasse! E das duas, uma: ou estava gostoso de verdade ou, definitivamente, a fome é mesmo o melhor tempero.

Que Nossa Senhora das Panelinhas me ilumine e proteja nessa próxima semana e enquanto eu não encontrar uma empregada nova!