quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A primeira vez...

      Primeiro foram os olhares. Só olhares. E a dúvida se o olhar dele queria dizer o mesmo que eu tentava esconder no meu olhar.
      Depois foram sorrisos. No início mais tímidos, depois escancarados.
      Aí o esbarrar de corpos e mais sorrisos. E um beijo.
      Poderia ter ficado só nisso, mas não ficou. A gente queria mais. E ir além! Foi. 
      Aí aconteceu! A gente queria de novo. E de novo. E quando não podia, começou a loucura da saudade e a constatação de que não era pra ser sério, mas acabou ficando.
      Um dia eu estava com amigas. Já havia falado dele, dos momentos delicinhas, da vontade de ter mais. Aí ele ligou. Estava num churrasco com os amigos.
      - Estou bêbado! - disse ele, quase em tom de confissão.
      Eu ri. 
      - Que bom que você ligou! - saiu da minha boca quase sem querer...
      Então ele falou o que eu não esperava:
      - Eu te amo! 
      - Eu também! - foi tão automático, tão natural, tão gostoso!
      E foi um instante mágico, lindo, inesquecível!
      Pudemos dizer isso um pro outro várias vezes, olhando nos olhos, tantos momentos depois! Foi paixão, fogo, sentimento intenso, cheio de histórias! E de tudo, o momento que me lembro com mais brilho nos olhos e carinho foi aquele telefonema. Me lembra como amores sinceros podem acabar, mesmo sendo lindos! E como mesmo podendo acabar, não deixam de ter seus momentos mágicos pra gente lembrar depois, sem medo de dar aquele sorriso feliz por tê-lo vivido...