terça-feira, 24 de novembro de 2009

Por que amar o meu time tem que ter explicação?

"Depois que você gosta de uma pessoa, é impossível ser lógica em relação a ela."
(Stephenie Meyer - em Lua Nova)

Sou uma pessoa totalmente intensa em minhas relações! Quando amo, amo mesmo! Quando me apaixono, sou pura ebulição! Por que com o futebol seria diferente?

Como explicar a emoção de fazer parte da maior e mais linda torcida do mundo e vibrar com ela, cantar com ela, estar no meio de 90 mil torcedores e, mesmo assim, não nos sentirmos apenas mais um no meio da multidão? Estar no Maracanã e gritar com um gol do meu time é uma sensação de catarse coletiva, sessão descarrego que faz aumentar a paixão! A gente se sente o "todo", se sente Nação, se sente mais forte. Vicia! A gente quer sempre mais.

Ficar feliz quando o time está bem, entristecido quando não está e puto quando ele foi prejudicado vem no pacote da tal paixão pelo time. Tem gente que não entende, tem gente que critica, tem gente - e coitadinha dessa gente! - que simplesmente nunca vai sentir esse tipo de emoção!

Eu acompanho mesmo, torço muito, seco os adversários, xingo o juiz, faço promessa, rezo pelos jogadores do meu time, saúdo aqueles que compartilham do mesmo amor, tenho orgulho de usar as cores do meu time... Acho que mulher quando gosta de verdade de futebol é pior que homem!

No futebol, como na vida, amor e paixão são mais do que palavras: são sentimentos. E sentimentos tão genuínos dispensam qualquer lógica. Mas a lógica aqui serve exatamente pra que?...

sábado, 14 de novembro de 2009

Espelho, espelho meu!


Aquela história das conversas da madrasta da Branca de Neve com o espelho está meio mal contada. O que cada mulher quer saber de verdade não é se existe alguém mais bonita, é se existe alguém mais desejável do que ela. E, na maioria das vezes, esse espelho é cruel ao mostrar a realidade! Uma gordurinha aqui (ou um pneuzão!), uma celulitezinha ali (ou algo semelhante a um queijo suíço em nossas pernas e bumbum!), uma espinhazinha acolá (ou uma enorrrme na ponta do nariz!)...

Então, acho que fora dos contos de fada, bem aqui no mundo real, esse diálogo com o sábio, verdadeiro e cruel espelho é mais ou menos assim:

- Espelho, espelho meu! Existe alguém mais desejável que eu?

O espelho sorri malicioso e te responde com a face mais lavada e espelhada do mundo:

- A questão não é essa, queridinha! A questão é: você desejaria você mesma?!

E você fica ali, parada, pensando em todas as madrastas malvadas que cruzaram a sua vida: pizzas, sorvetes, muita gordura saturada, álcool e a maldita preguiça pra malhar o necessário... É o drama da maioria absoluta das gordinhas! E seu maior dilema: "desejar-me ou jogar a toalha pra essa vida madrasta que faz com que eu mesma não me aceite do jeito que eu sou?!"

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quando é hora de recapear a nossa estrada da vida?

Toda cidade tem isso: começa a época de chuva e as ruas e estradas começam a se encher de uma buraqueira sem fim. Aí o que decidem as secretarias de obras? Operação tapa-buracos! Um monte de homens e máquinas fechando os buracos maiores com pedras e piche.
O problema é que depois disso, a rua não fica perfeitinha, lisinha, boa pra dirigir. Cada "ex-buraco" denuncia, não só pela cor mais escura, mas pelo relevo imperfeito, onde ficava ele.
Já reparou que às vezes fazemos igualzinho com as estradinhas da nossa vida? Nós tapamos uma decepção aqui, uma mágoa ali, uma frustração acolá e, quando nos damos conta - se é que nos damos conta mesmo! - nossa estrada da vida está péssima pra andar! É tropeço na certa, é risco de furar os pneus que nos fazem deslizar, é aquele mau humor básico por ter que dirigir numa estrada desse nível.
Nessas horas, acho que é melhor nem tentar achar os culpados. Se foram as intempéries da vida, se foi a qualidade do material que escolhemos pra usar, é melhor deixar pra lá! O ideal é interditar a tal via por alguns dias que sejam e recapear tudinho, tirar aquele asfalto ruim que está cobrindo tudo e mandar ver num bem melhor, mais duradouro, pra nossa estrada ficar bonita e ser um prazer dirigir nela.
Pra continuar bem essa viagem maravilhosa que é a vida, vale a pena raspar dessa estrada um monte de coisas que não nos fazem bem - e cada qual avalie a própria vida pra saber o que são - e então recapear com uma boa camada de coisas positivas: família, amigos, sorrisos, fazer o que gosta... Enfim, coisas que funcionem como cafunés na alma da gente!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Meu caminho pelo mundo eu mesma traço!

Meu caminho pelo mundo Eu mesmo traço A Bahia já me deu Régua e compasso Quem sabe de mim sou eu Aquele abraço! Prá você que me esqueceu Aquele abraço! (Aquele abraço! - Gilberto Gil)

Ouvi essa música animadíssima no carro hoje e esse pedacinho da letra me chamou a atenção! Que mania de independência é essa que nós temos, né? No fundo, no fundo, nós até tentamos traçar o próprio caminho, mas são tantos desvios que aparecem, tantas opções que nem imaginávamos que existissem, que esses traços acabam sendo retocados, modificados com o tempo.

No entanto, legal esse negócio de assumir a responsabilidade pelo que acontece! Os caminhos mudaram, escolhemos alguns desvios, mudamos os traços feitos com as tais réguas e compassos da vida e, por isso mesmo, quem sabe de mim sou eu! Um colega meu sempre me faz rir quando diz no tom mais sarcástico do mundo que as pessoas vacilam e depois reclamam: "Mundo ingrato! Deus não existe! O Universo é imperfeito! Olho grande pega! Botaram macumba no meu quintal!..." Uma série de desculpas que damos pra não tomarmos as rédeas da nossa própria vida e assumirmos acertos e erros. É difícil, mas é isso que nos faz crescer de verdade.

E pra quem nos esqueceu, inclusive aquelas coisas que planejamos e não deram certo, aquele abraço! Vamos seguindo em frente, traçando desenhos da nossa própria felicidade!