quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Chefes! Como não tê-los, mas como respondê-los?!

Acho que todo mundo que já trabalhou um dia, também já viveu esse tipo de situação: seu chefe naquele humor típico de TPM ao cubo, lhe passando as missões impossíveis que nem Tom Cruise gostaria de realizar no próximo filme da série e você lá... com aquele sorrisinho amarelo, quase alaranjado, se é que você consegue sorrir.

Por dentro, você já soltou tantos palavrões e expressões, que faltariam aquelas figurinhas infames de histórias em quadrinhos! Uma sequencia de bombinhas, caveirinhas e raiozinhos totalmente impublicáveis!

Então você reúne todas as suas forças, dignas de um jedi que se recusa a ir pro lado negro da força e diz com toda a educação de quem não pode perder o emprego:

- Ok, chefe. Vou tentar...

Isso sem falar nas injustiças, broncas, puxões de orelhas, "carcadas" gerais! Algumas justas, mas vamos combinar que, na maioria das vezes, nos sentimos injustiçados mesmo! (Nossa autocrítica, no geral, é condescendente conosco!)

Então funciona assim: na maioria dessas vezes, nossos balõezinhos de pensamentos voltam com aquelas sequencias de bombas e caveiras, mas nosso balãozinho da fala acaba refletindo o nosso lado de preservação empregatícia!

Aí a gente sai daquela reunião com o ego golpeado, trabalho dobrado e a dúvida sobre o paradeiro da nossa autencidade! Pensa aí no seu histórico de reuniões com os seus chefes e tente classificar as suas respostas em percentual de autenticidade...

São raros os chefes que deixam seus funcionários realmente à vontade pra dizerem o que pensam de verdade, aqueles com quem você se sente livre pra dizer algo como "Você pirou o cabeção?! Não é assim que a banda toca, nao!", sabendo que isso não representa uma ameaça a cortar a sua cabeça. Essas raridades existem e, sinceramente, acho que são os que têm as equipes mais leais, mas infelizmente são minoria absoluta! Até porque nossos valores ainda passam pela hierarquia e pela ideia de que manda quem pode e obedece quem tem juizo!

O fato é que tive chefes maravilhosos em quem prefiro me espelhar e seguir seus exemplos e também tive uma porção como anti-exemplos. Espero nao estar nunca nessa segunda lista dos meus ex-liderados! Tenho me questionado quantas vezes as pessoas que chefiei se sentiram assim e cheguei à conclusao de que nunca vou ter uma estatística real de chefiados leais x desleais, autênticos e não-autênticos, de quantos quiseram me dizer algo e não se sentiram seguros para isso... Uma pena isso! E um tiro nas minhas próprias convicções.